Título: Story of a Boy
Autora: Thaiane M.
Ship: Gerard Way/Frank Iero
Fandom: My Chemical Romance
Censura: Livre
Gênero: Slash, ou seja, insinuações de homossexualidade.Se não gosta, não leia. (:
Disclaimer: Não tem fins lucrativos e os personagens existem de verdade e não me pertencem (infelizmente).
Sinopse: "Sempre andando sozinho pelos corredores, agarrado ao seu sketchbook como se sua vida dependesse disso."
Autora: Thaiane M.
Ship: Gerard Way/Frank Iero
Fandom: My Chemical Romance
Censura: Livre
Gênero: Slash, ou seja, insinuações de homossexualidade.Se não gosta, não leia. (:
Disclaimer: Não tem fins lucrativos e os personagens existem de verdade e não me pertencem (infelizmente).
Sinopse: "Sempre andando sozinho pelos corredores, agarrado ao seu sketchbook como se sua vida dependesse disso."
.x.
Eu sempre o observava pela escola. Sempre andando sozinho pelos corredores, agarrado ao seu sketchbook como se sua vida dependesse disso. Gerard Way não era do tipo que tinha muitos amigos, assim como eu. Não vivia rodeado de gente, era raro estar acompanhado, na verdade. Quando estava, geralmente era de seu irmão, Mikey, e de um amigo dele com um afro exageradamente grande, Ray, mas não parecia que ele se importava realmente com isso. Com o fato de estar quase sempre sozinho, quero dizer.
Talvez porque ele era o típico nerd. Só tirava notas altas e era o queridinho dos professores. Sua melhor matéria era Artes. Ele desenhava incrivelmente bem e desenhava durante todo o tempo livre que encontrava. Todo dia no intervalo, se quisesse achá-lo, era só olhar para a grande árvore que crescia em um dos cantos do pátio. Ele estaria lá, sketchbook apoiado nos joelhos enquanto a mão que segurava o lápis trabalhava frenetica e ininterruptamente sobre o papel. Seu cabelo negro como piche caía suave sobre seu rosto pálido e ele mordiscava levemente seu lábio inferior. Eu sabia que ele não pararia até conseguir o desenho perfeito. Bom, não que eu já tenha visto muito de seus desenhos, somente alguns nas aulas de Arte, mas eu, assim como todo o mundo, sabia que todos eram ótimos e era adorável ver seu rosto tingido de vermelho quando simplesmente olhava seu trabalho. Era melhor ainda quando o elogiavam.
Como eu sabia tudo isso sobre ele? Bom, eu sou apaixonado por ele há uns dois anos. Patético, eu sei, mas eu não pude evitar. Ele é tudo o que eu sempre sonhei em uma embalagem com um laço vermelho em cima. Não que ele fosse me notar, claro. Eu era bem baixo pra minha idade e não tinha nada que atraísse a atenção de outras pessoas. Não era atleta e não era inteligente demais. Não era bonito e nem feio demais. Era só um aluno normal, indiferente.
E esse era só mais um dia de aula normal, sem grandes surpresas, sem grandes acontecimentos, indiferente.
Andava pelos corredores para chegar até o laboratório de Biologia quando alguém esbarrou em mim com certa força, fazendo com que eu e ele caíssemos no chão. Para piorar ainda mais a situação, nossas bolsas se abriram, derrubando grande parte do nosso material escolar.
- Ei, olha por onde anda! -, eu falei com irritação. Provavelmente algum atleta que não tem cérebro suficiente para olhar por onde anda, eu pensava enquanto me sentava no chão para pegar meus livros e cadernos.
- Er, m-me desculpe – ele disse imitando meus atos, um pouco mais desajeitadamente que eu. Um atleta não pediria desculpas assim. Então, me dei ao trabalho de olhar para seu rosto. Quase caí no chão de novo. Gerard Way havia esbarrado em mim e eu tinha sido um grosso com ele.
- Ah... hm, tudo bem, de verdade. -, eu respondi, um sorriso envergonhado aparecendo um meu rosto. Eu podia sentir que estava ficando vermelho. Droga. Ele deu um sorriso que parecia envergonhado também e definitivamente ele estava vermelho. Notei que ele começou a arrumar suas coisas mais rapidamente.
- Eu preciso ir, é. Tenho aula e... é.Tchau.
E logo ele estava quase correndo pelo corredor. Droga. Uma das únicas oportunidade que você tem pra falar com ele e você consegue estragar tudo. Patético, realmente.
Foi então que eu notei que tinha um livro preto que não era meu nas mãos.
- Ei, espera! Você esqueceu... -, não ia adiantar falar mais nada, ele já estava muito longe pra ouvir e gritar não era uma opção.
O sinal avisando o início do próximo tempo tocou. Guardei o livro na minha mochila e fui para o laboratório de Biologia. Sentei no fundo da sala, como de costume e tirei o material que iria precisar para aula. O livro preto estava ali, me encarando, como se me pedisse para abri-lo.
Não faria mal dar uma olhada, certo? Ele não iria saber. Poderia olhar rapidinho antes que o professor começasse a aula e depois é só entregar na seção de "Achados e Perdidos" da escola. E, além disso, deve ser só mais um de seus sketchbooks com desenhos de zumbis e afins. É, acho que não faz mal dar uma olhada rápida.
Abri a capa do sketchbook com cuidado como se o que estivesse lá dentro fosse estritamente sigiloso ou perigoso.
Primeira página. Havia um "F" escrito com uma caligrafia cuidadosamente desenhada. Bom, até ai tudo bem. Talvez ele seja um louco obcecado por letras? Apaixonado por um louco, francamente, Iero. A segunda página estava em branco. Passei para a terceira página e...
Oh. Meu. Deus.
Não, não pode ser verdade. Definitivamente não.
Bem ali, na minha frente, me encarando, estava... bom, eu. Uma cópia basicamente perfeita do meu rosto feita em preto. Tracei as linhas com meus dedos levemente e todos os detalhes, o piercing, a maneira como minha franja caía sobre o meu rosto... cada detalhe estava lá. Logo meu rosto de verdade mostrava um sorriso como o meu do desenho.
Senti uma onda e felicidade invadir meu corpo e borboletas batendo suas asas violentamente contra a parede do meu estômago, por mais clichê que isso possa parecer. Não conseguia acreditar no que estava vendo.
Passei as outras páginas e, para minha surpresa, só havia desenhos meus ali. Cada um deles com posições diferentes: sentado, conversando com alguém, ouvindo música. Cada um deles com a bonita assinatura de Gerard Way. Não, definitivamente era bom demais para ser verdade.
Eu sempre o observava pela escola e, ao que tudo indicava, ele sempre me observava também.
Eu sempre o observava pela escola. Sempre andando sozinho pelos corredores, agarrado ao seu sketchbook como se sua vida dependesse disso. Gerard Way não era do tipo que tinha muitos amigos, assim como eu. Não vivia rodeado de gente, era raro estar acompanhado, na verdade. Quando estava, geralmente era de seu irmão, Mikey, e de um amigo dele com um afro exageradamente grande, Ray, mas não parecia que ele se importava realmente com isso. Com o fato de estar quase sempre sozinho, quero dizer.
Talvez porque ele era o típico nerd. Só tirava notas altas e era o queridinho dos professores. Sua melhor matéria era Artes. Ele desenhava incrivelmente bem e desenhava durante todo o tempo livre que encontrava. Todo dia no intervalo, se quisesse achá-lo, era só olhar para a grande árvore que crescia em um dos cantos do pátio. Ele estaria lá, sketchbook apoiado nos joelhos enquanto a mão que segurava o lápis trabalhava frenetica e ininterruptamente sobre o papel. Seu cabelo negro como piche caía suave sobre seu rosto pálido e ele mordiscava levemente seu lábio inferior. Eu sabia que ele não pararia até conseguir o desenho perfeito. Bom, não que eu já tenha visto muito de seus desenhos, somente alguns nas aulas de Arte, mas eu, assim como todo o mundo, sabia que todos eram ótimos e era adorável ver seu rosto tingido de vermelho quando simplesmente olhava seu trabalho. Era melhor ainda quando o elogiavam.
Como eu sabia tudo isso sobre ele? Bom, eu sou apaixonado por ele há uns dois anos. Patético, eu sei, mas eu não pude evitar. Ele é tudo o que eu sempre sonhei em uma embalagem com um laço vermelho em cima. Não que ele fosse me notar, claro. Eu era bem baixo pra minha idade e não tinha nada que atraísse a atenção de outras pessoas. Não era atleta e não era inteligente demais. Não era bonito e nem feio demais. Era só um aluno normal, indiferente.
E esse era só mais um dia de aula normal, sem grandes surpresas, sem grandes acontecimentos, indiferente.
Andava pelos corredores para chegar até o laboratório de Biologia quando alguém esbarrou em mim com certa força, fazendo com que eu e ele caíssemos no chão. Para piorar ainda mais a situação, nossas bolsas se abriram, derrubando grande parte do nosso material escolar.
- Ei, olha por onde anda! -, eu falei com irritação. Provavelmente algum atleta que não tem cérebro suficiente para olhar por onde anda, eu pensava enquanto me sentava no chão para pegar meus livros e cadernos.
- Er, m-me desculpe – ele disse imitando meus atos, um pouco mais desajeitadamente que eu. Um atleta não pediria desculpas assim. Então, me dei ao trabalho de olhar para seu rosto. Quase caí no chão de novo. Gerard Way havia esbarrado em mim e eu tinha sido um grosso com ele.
- Ah... hm, tudo bem, de verdade. -, eu respondi, um sorriso envergonhado aparecendo um meu rosto. Eu podia sentir que estava ficando vermelho. Droga. Ele deu um sorriso que parecia envergonhado também e definitivamente ele estava vermelho. Notei que ele começou a arrumar suas coisas mais rapidamente.
- Eu preciso ir, é. Tenho aula e... é.Tchau.
E logo ele estava quase correndo pelo corredor. Droga. Uma das únicas oportunidade que você tem pra falar com ele e você consegue estragar tudo. Patético, realmente.
Foi então que eu notei que tinha um livro preto que não era meu nas mãos.
- Ei, espera! Você esqueceu... -, não ia adiantar falar mais nada, ele já estava muito longe pra ouvir e gritar não era uma opção.
O sinal avisando o início do próximo tempo tocou. Guardei o livro na minha mochila e fui para o laboratório de Biologia. Sentei no fundo da sala, como de costume e tirei o material que iria precisar para aula. O livro preto estava ali, me encarando, como se me pedisse para abri-lo.
Não faria mal dar uma olhada, certo? Ele não iria saber. Poderia olhar rapidinho antes que o professor começasse a aula e depois é só entregar na seção de "Achados e Perdidos" da escola. E, além disso, deve ser só mais um de seus sketchbooks com desenhos de zumbis e afins. É, acho que não faz mal dar uma olhada rápida.
Abri a capa do sketchbook com cuidado como se o que estivesse lá dentro fosse estritamente sigiloso ou perigoso.
Primeira página. Havia um "F" escrito com uma caligrafia cuidadosamente desenhada. Bom, até ai tudo bem. Talvez ele seja um louco obcecado por letras? Apaixonado por um louco, francamente, Iero. A segunda página estava em branco. Passei para a terceira página e...
Oh. Meu. Deus.
Não, não pode ser verdade. Definitivamente não.
Bem ali, na minha frente, me encarando, estava... bom, eu. Uma cópia basicamente perfeita do meu rosto feita em preto. Tracei as linhas com meus dedos levemente e todos os detalhes, o piercing, a maneira como minha franja caía sobre o meu rosto... cada detalhe estava lá. Logo meu rosto de verdade mostrava um sorriso como o meu do desenho.
Senti uma onda e felicidade invadir meu corpo e borboletas batendo suas asas violentamente contra a parede do meu estômago, por mais clichê que isso possa parecer. Não conseguia acreditar no que estava vendo.
Passei as outras páginas e, para minha surpresa, só havia desenhos meus ali. Cada um deles com posições diferentes: sentado, conversando com alguém, ouvindo música. Cada um deles com a bonita assinatura de Gerard Way. Não, definitivamente era bom demais para ser verdade.
Eu sempre o observava pela escola e, ao que tudo indicava, ele sempre me observava também.
Continua... :B
Nenhum comentário:
Postar um comentário